Educação Alimentar e Nutricional para Crianças com TEA

1.2 Autores(as) da experiência

Nome Cargo/Função Município
Judy Fernandes Queiroz Nutricionista Brasília-DF
Joyce Brenda Nutricionista Brasília-DF
Rafaella Lemos Docente do curso de Nutrição Brasília-DF

1.3 Organização(ções)/Instituição(ções) promotora(s) da experiência

Organização/Instituição
Colinho de Mãe - Sobradinho/DF
Centro Universitário do Distrito Federal - UDF

1.4 Cidade(s) e Estado (s)

Estado Cidade
Distrito Federal Brasília

1.5 Região do país

Centro-Oeste

1.6 Identificação do(a) autor(a) responsável

Nome Cargo/Função Município
Judy Fernandes Queiroz Nutricionista Brasília-DF

1.7 Eixo temático da experiência

Eixo 2 - EAN no campo da Educação

1.8 Público participante da experiência

Crianças - 2 a 5 anosAdultosPessoas com necessidades alimentares especiaisPessoas com transtornos mentais

1.9 Onde esta experiência foi desenvolvida

EDUCAÇÃO
Educação infantil
1.10 Na avaliação do grupo responsável esta experiência atendeu e/ou promoveu os seguintes princípios
todas as pessoas têm o direito de ter acesso à alimentação adequada saudável
universalidade
integralidade
equidade
intersetorialidade
participação social

Por favor justifique/comente sua resposta

Todas as pessoas têm o direito de aprender sobre a alimentação e nutrição, isso também inclui indivíduos com TEA. Por isso se fez a necessidade de adaptações de EAN conforme as característica da criança com espectro para que ela também seja contemplada.

2. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS RELACIONADOS À EXPERIÊNCIA

2.1 Objetivo(s): Qual é/foi a finalidade das atividades desenvolvidas

– Com a criança: auxiliar no desenvolvimento do conhecimento e aproximação com os alimentos, aumentar o interesse e participação nas atividades de educação alimentar e nutricional e alongar o desejo por bons alimentos por um período maior; – Com os colaboradores: ampliar ainda mais sobre o conhecimento do Transtorno do Espectro Autista, com o propósito de melhorar a interação da criança com os alunos, os profissionais que o acompanha nos momentos de atividades relacionadas à Nutrição, nos horários de refeição e facilitar a inclusão na rotina da creche.

2.2 Os objetivos e as atividades desenvolvidas adotaram de maneira explícita algum ou alguns dos princípios do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas

III- Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas
V- A Promoção do autocuidado e da autonomia
VII- A diversidade nos cenários de prática
VIII- Intersetorialidade
IX- Planejamento, avaliação e monitoramento das ações
2.3 Quais temas/diretrizes dos Guias Alimentares para População Brasileira e/ou para Crianças brasileiras menores de 2 anos são/foram abordados na experiência?
Princípios do Guia Alimentar
2.4 Vocês consideram que esta experiência pode contribuir de maneira direta ou indireta a um ou mais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ?
ODS 3 - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades
ODS 4- Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
ODS 10 - Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles

3. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA EXPERIÊNCIA

3.1 Como foi identificada a necessidade de realização desta experiência
Foi observado algumas dificuldades de adesão da criança com as atividades propostas na escola/creche em razão das suas particularidades e características do TEA.
3.2 Foi realizado algum diagnóstico da situação (observação da realidade, levantamento de demandas junto ao público etc) antes de iniciar a experiência

Sim

descreva rapidamente
Acompanhamento durante as atividades e sua rotina na escola/creche.
3.3 Como foram definidos as prioridades e objetivos da experiência
Através da identificação das principais necessidades da criança com TEA com a alimentação.
3.4 Os sujeitos da ação participaram das etapas de planejamento da experiência?

Sim

sim, em quais etapas e como participaram ?
Para as adaptações das atividades, exigiam o conhecimento sobre a criança. Por isso, durante o planejamento, foi preciso acompanhar sua rotina e os momentos de atividades lúdicas/brincadeiras/lazer da criança na escola/creche.
3.5 Foram desenvolvidas metodologias ativas como estratégias pedagógicas para a EAN

Sim

Se sim, indique a(s) metodologia(s) com uma breve descrição
Criação de atividades nutricionais com base em brincadeiras que a criança gosta: – Caça as Frutas: a professora relatou que a criança possui afinidade por areia. Aproveitamos para fazer um caça aos alimentos no parque de areia que as crianças desfrutam na creche. Serão distribuídas frutas e vegetais de plástico pela areia e com auxílio de uma pá de brinquedo, a criança poderá cavar até encontrar todos os alimentos; – Potinho Hortifruti: feito com base no potinho da calma já realizado com as crianças da creche. Com o objetivo para acalmar a criança em momentos de ansiedade, choro, irritação e muita agitação. Estimula a focar sua atenção e se desconectando aos poucos daquilo que causou irritação. Aproveitamos que a criança já estava familiarizada com o pote, adaptamos para as atividades nutricionais. Cada pote irá corresponder a uma fruta/vegetal onde a criança vai colorir o pote de acordo com as cores dos alimentos através de água, purpurina, corante e cola com glitter; – Fazendo Arte com Hortaliças: atividade para conhecer os alimentos e suas cores através da elaboração de tintas coloridas com couve, cenoura e beterraba. Iremos colorir desenhos de frutas/vegetais com as tintas naturais utilizando um pregador e algodão. Com os colaboradores: – Desafio dos ruídos: quando falamos em Educação Alimentar e Nutricional logo nos lembramos dos possíveis ruídos que podem acontecer na transmissão de mensagens entre o receptor e mensageiro. Essa dinâmica representa as possíveis situações de desentendimento que possa haver em algum momento de interação entre grupo de trabalho ou na rotina com as crianças. Quando apresentamos novos conhecimentos e esclarecer conteúdos importantes, esses ruídos diminuem. Os ruídos serão representados através de música em fones de ouvido. Uma pessoa da dupla ficará escutando música em som alto e a outra repetirá palavras na tentativa que seu colega consiga entender. Logo após o som será abaixado e o funcionário tentará adivinhar novamente. A música baixa para melhor entendimento significa o papel da educação alimentar e utricional com o objetivo de levar novos conhecimentos sobre determinado assunto; – Mitos e Verdades: será entregue formulários com perguntas e respostas objetivas preenchidos pelo colaborador e logo após, iniciará a dinâmica com plaquinhas verde para verdade e vermelho para mito. As mesmas perguntas do formulário serão feitas e cada um levantará a cor de acordo com o que achar, sendo discutido de acordo com a resposta. Ao final, avaliaremos a resposta do formulário; -Caça aos Conhecimentos: serão distribuídos pela creche alguns envelopes com enigmas sobre o tema, abordando aspectos sobre a relação da criança na sala de aula quanto sua interação com alimentos e atividades nutricionais. Os colaboradores receberão em cada envelope dicas de onde achar outros enigmas e serão discutidas sobre o assunto sempre que encontrá-las.
3.6 Foram utilizados recursos materiais nas atividades desenvolvidas

Sim

sim, quais recursos?
– Caça as frutas: pá de brinquedo, frutas de plástico, vegetais de plástico e areia; – Potinho Hortifruti: pote transparente, água, cola glitter, purpurina, corante, desenho de alimentos; – Fazendo arte com hortaliças: beterraba, cenoura, folhas de couve, água, pregador, algodão, folhas com desenho de frutas/vegetais, liquidificador, vasilha, pano para coar. Com os colaboradores: – Desafio dos ruídos: telefone e fone de ouvido; – Mitos e Verdades: papel cartão vermelho e verde, palito de picolé e cola quente; – Caça aos alimentos: envelope, papel e durex.
3.7 Sua experiência se configura no desenvolvimento de materiais educativos e desenvolvimento de tecnologias sociais a serem aplicados por outros profissionais?

não se aplica

Descreva sobre o material/tecnologia social
não se aplica
3.8 Como a experiência foi avaliada e quais os resultados obtidos
A experiência foi realizada com métodos avaliativo para a criança e os colaboradores, afim de observar a evolução dos grupos durante as atividades. – Com a criança: notou-se uma evolução no interesse e desenvolvimento nas dinâmicas. Foi notado que a criança se incomodou com a textura da areia onde foi feito o Caça aos Alimentos e influenciou durante a dinâmica, diminuindo o seu desempenho. Quando comparamos com as brincadeiras feitas posteriormente, é possível notar a eficácia do acompanhamento e confirma que somos capazes de realizar a educação alimentar e nutricionais para esse grupo de crianças moldando de acordo com sua realidade; – Com os colaboradores: foi entregue duas vias do formulário avaliativo (um antes e outro após as dinâmicas) com perguntas referente ao TEA e a alimentação na escola. Resultados: Antes: 51 acertos e 26 erros; Depois: 66 acertos e 10 erros. Por isso, observou-se o impacto do treinamento com os colaboradores e observar houve eficácia quando trabalhamos com o objetivo de ampliar o conhecimento do tema abordado.
3.9 Relevância: Na avaliação das/os responsáveis, essa experiência contribuiu para algum nível de mudança/melhoria da realidade alimentar e nutricional das pessoas envolvidas; e/ou gerou experiência/conhecimento que pode contribuir para a prática de EAN em outros momentos e realidades
Sim. Além da adaptação das atividades de EAN para a criança com TEA, foi acompanhado durante as refeições se havia um aumento de interesse daqueles alimentos que foram trabalhados durante as dinâmicas. Tivemos um melhora na seletividade alimentar. Já os colaboradores, através dos conhecimentos das dinâmicas, facilitou o modo como prosseguir com a criança principalmente durante as refeições.

4. RELATO RESUMIDO DA EXPERIÊNCIA

Relato resumido da experiência
Foi extremamente enriquecedor e experiência única poder fazer a diferença através da Nutrição para que crianças com TEA também sejam contempladas com conhecimentos sobre alimentação. Todas as atividades desenvolvidas para a criança foi pensada em sua integralidade e com o intuito de auxiliar no seu desenvolvimento cognitivo através dos alimentos, como: – Caça as frutas: despertando o interesse dos alimentos e suas cores de maneira leve e divertida; – Potinho hortifruti: trazer a Educação Alimentar e Nutricional dentro de algo que a criança já se familiariza, podendo conhecer e criar as cores dos alimentos apresentados em cada pote, além de levar para casa e estar com ele em situações de irritabilidade e criar memória dos alimentos e suas cores; – Fazendo arte com hortaliças: demonstrar o potencial das cores dos alimentos in natura, conhecer os alimentos e seus sabores e estimular a coordenação motora fina. Treinamento com os colaboradores: podemos ampliar o conhecimento dos colaboradores e facilitar a rotina na creche com as crianças e grupo pedagógico, melhorar a interação nas refeições e em sala de aula já que os colaboradores estão acompanhando de forma direta em toda a rotina da criança.

5. DOCUMENTOS

5.1 Campo para inserção de arquivo de imagens que documentaram a experiência
Campo para inserção de arquivo de documentos produzidos relacionados à experiência

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  • Práticas incluam: 1) Publicidade, promoção e outras estratégias mercadológicas que visem aumentar a demanda pelos referidos produtos e/ou promovam ou estimulem modos de comer não saudáveis, tais como comer excessivamente, comer sozinho, comer sem pensar, comer compulsivamente, comer rápido, ou modos de produzir alimentos pautados pelo uso de agrotóxicos e organismos geneticamente modificados, ou; 2) Lobby contra medidas legislativas, econômicas, jurídicas ou socioculturais que visem à redução da produção, abastecimento, disponibilidade ou demanda dos referidos produtos e/ou da exposição aos referidos modos não saudáveis de comer e produzir alimentos; e/ou cujas 3) Políticas, objetivos, princípios, visões, missões e/ou metas que incluam ou se relacionem com o aumento da produção, abastecimento, disponibilidade ou demanda dos referidos produtos e/ou com a expansão de oportunidades e promoção dos referidos modos não saudáveis de comer e produzir alimentos.

Alguns exemplos de experiências de Educação Alimentar e Nutricional que configuram conflito de interesses:

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