No momento inicial, de problematização, o movimento “Comer pra quê?” é apresentado como um espaço de mobilização das juventudes para pensar e agir frente aos desafios que perpassam a alimentação e a segurança alimentar e nutricional na contemporaneidade. Em seguida, são apresentados os temas mobilizadores, sendo selecionado o que provoca maior interesse. O tema é apresentado por meio da exibição da animação, seguida de uma ou mais rodadas de exposição de impressões sobre o que provocou em cada um. Em seguida, é exibido o vídeo, que apresenta falas e impressões de jovens sobre o tema. Os participantes são estimulados a expressar suas opiniões, pensamentos e a refletir sobre suas experiências pessoais relacionadas ao tema, assim como sobre como as juventudes se relacionam com ele. O momento de produção coletiva tem como objetivo convidar os jovens a expressar de forma diversa sobre a experiência que tiveram no momento anterior, de problematização e diálogo sobre o tema. Também é possível convidá-los a produzir mensagens, convites, desafios e propostas para mobilização de outros jovens. Nesse momento, podem ser utilizadas variadas técnicas e recursos artísticos e/ou pedagógicos, de acordo com o cenário, o tempo para realização da atividade, assim como os recursos materiais disponíveis. No momento de compartilhamento, os jovens são convidados a apresentarem suas produções e como as conceberam. Esse é, em geral, um momento rico em que cada grupo apresenta o processo de criação, revelando como a experiência o tocou, e o potencial de sua produção para alcançar outros jovens.
Ao longo da trajetória do projeto de extensão, entre 2018 e 2022, as ações aconteceram em uma organização não governamental que desenvolve projeto de inserção de jovens no mercado de trabalho (Projeto Jovem Aprendiz). Nessa instituição, foi possível interagir com os jovens em encontros que tiveram duração variada em cada ano. A oficina de Fanzine tem sido a principal estratégia utilizada para a produção coletiva. Fanzines são revistas confeccionadas de forma artesanal, cujo nome significa “revista do fã” e tem origem na contração de duas palavras inglesas – fanatic and magazine. A cultura do fanzinato não é muito conhecida, mas tem se revelado atraente para os jovens.