Jornada de Educação Alimentar e Nutricional: um relato de experiência do município de Alfenas-MG

1.2 Autores(as) da experiência

Nome Cargo/Função Município
Alexandra Vieira Gonçalves Nutricionista RT do PNAE Alfenas
Vitória da Cunha Paiva Carneiro Discente do curso de Nutrição da Unifal/ estagiária no PNAE Alfenas
Igor Prudencio Trujillo Granja Discente do curso de Nutrição da Unifal/ estagiário do PNAE Alfenas
Renata Rosane Andrade Bastos Discente do curso de Nutrição da Unifal/ estagiária do PNAE Alfenas
Juliana de Oliveira Moraes Discente do curso de Nutrição da Unifal/ estagiária do PNAE Alfenas
Pablo Henrique Maximiano Salles Discente do curso de Nutrição da Unifal/ estagiário do PNAE Alfenas
Livia Barros dos Santos Marques Discente do curso de Nutrição da Unifal/ estagiária do PNAE Alfenas
Laura de Souza Araújo Discente do curso de Nutrição da Unifal/ estagiária do PNAE Alfenas
Alyne Christina Dias Maia Coordenadora pedagógica Alfenas
Hiara Ramos Ferreira Professora Alfenas
Marília Couto Diretora escolar Alfenas
Donizete Borges de Carvalho Agricultor familiar Alfenas
Alessandra Marta Souza dos Santos Merendeira/ membro do CAE Alfenas
Suleny Gonçalves de Sousa Amaral Auxiliar de Desenvolvimento Humano (ADH) Alfenas

1.3 Organização(ções)/Instituição(ções) promotora(s) da experiência

Organização/Instituição
Prefeitura Municipal de Alfenas/ Setor de Alimentação Escolar
Universidade Federal de Alfenas (Unifal)
Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) Professor Pedro Paulo Csizmar de Oliveira

1.4 Cidade(s) e Estado (s)

Estado Cidade
Minas Gerais Alfenas

1.5 Região do país

Sudeste

1.6 Identificação do(a) autor(a) responsável

Nome Cargo/Função Município
Alexandra Vieira Gonçalves Nutricionista RT do PNAE Alfenas

1.7 Eixo temático da experiência

Eixo 2 - EAN no campo da Educação

1.8 Público participante da experiência

Crianças - 2 a 5 anos
Estudantes do Pré II (5 e 6 anos)

1.9 Onde esta experiência foi desenvolvida

EDUCAÇÃO
Educação infantil
1.10 Na avaliação do grupo responsável esta experiência atendeu e/ou promoveu os seguintes princípios
todas as pessoas têm o direito de estarem livres da fome
todas as pessoas têm o direito de ter acesso à alimentação adequada saudável
universalidade
integralidade
equidade
intersetorialidade
participação social
apoio ao desenvolvimento sustentável

Por favor justifique/comente sua resposta

As ações propostas atenderam aos princípios elencados tendo em vista que foram desenvolvidas de maneira a problematizar o sistema alimentar, a segurança alimentar e nutricional de forma lúdica e contextualizada com os princípios e diretrizes também do Programa Nacional de Alimentação Escolar.

2. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS RELACIONADOS À EXPERIÊNCIA

2.1 Objetivo(s): Qual é/foi a finalidade das atividades desenvolvidas

Construir caminhos possíveis para a inclusão da EAN nos processos de ensino aprendizagem de pré escolares bem como o envolvimento de diferentes atores sociais do PNAE na construção coletiva e contextualizada das ações.

2.2 Os objetivos e as atividades desenvolvidas adotaram de maneira explícita algum ou alguns dos princípios do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas

I - Sustentabilidade social, ambiental e econômica
II- Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade
III- Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas
IV- A comida e o alimento como referências; Valorização da culinária enquanto prática emancipatória
V- A Promoção do autocuidado e da autonomia
VI- A Educação enquanto processo permanente e gerador de autonomia e participação ativa e informada dos sujeitos
VII- A diversidade nos cenários de prática
VIII- Intersetorialidade
IX- Planejamento, avaliação e monitoramento das ações
2.3 Quais temas/diretrizes dos Guias Alimentares para População Brasileira e/ou para Crianças brasileiras menores de 2 anos são/foram abordados na experiência?
A promoção da alimentação adequada e saudável; O comer a comensalidade; O processamento dos alimentos; Alimentação é mais que ingestão de nutrientes; Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável; Diferentes saberes geram o conhecimento; Ampliação da autonomia nas escolhas alimentares.
2.4 Vocês consideram que esta experiência pode contribuir de maneira direta ou indireta a um ou mais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ?
ODS 2 - Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável
ODS 3 - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades
ODS 4- Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
ODS 5 - Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas
ODS 12 - Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis

3. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA EXPERIÊNCIA

3.1 Como foi identificada a necessidade de realização desta experiência
A partir do diálogo com diferentes atores sociais do PNAE e a partir das propostas de temas da Jornada de Educação Alimentar e Nutricional do FNDE.
3.2 Foi realizado algum diagnóstico da situação (observação da realidade, levantamento de demandas junto ao público etc) antes de iniciar a experiência

Sim

descreva rapidamente
Foram realizadas rodas de conversa com os estudantes e diferentes atores sociais do PNAE (professores, membros do CAE, agricultores, estudantes de nutrição) e análise do Projeto Político Pedagógico da escola.
3.3 Como foram definidos as prioridades e objetivos da experiência
A partir das demandas apresentadas pelos diferentes atores sociais tendo como eixo os temas da Jornada de EAN do FNDE.
3.4 Os sujeitos da ação participaram das etapas de planejamento da experiência?

Sim

sim, em quais etapas e como participaram ?
Os atores sociais do PNAE participaram do planejamento e execução das ações por meio de uma construção dialogada, problematizadora e coletiva.
3.5 Foram desenvolvidas metodologias ativas como estratégias pedagógicas para a EAN

Sim

Se sim, indique a(s) metodologia(s) com uma breve descrição
Foram utilizadas diversas metodologias ativas nas etapas de diagnóstico, execução e avaliação. Dentre elas podem ser citadas: rodas de conversa, utilização de alimentos enquanto ferramenta pedagógica, jogos, visita à propriedade e agroindústria da agricultura familiar, oficinas culinárias, prática de Mindful Eating, trabalho em grupo, dentre outros.
3.6 Foram utilizados recursos materiais nas atividades desenvolvidas

Sim

sim, quais recursos?
Cartolina, folha sulfite, embalagens de alimentos, vídeos, alimentos, dentre outros.
3.7 Sua experiência se configura no desenvolvimento de materiais educativos e desenvolvimento de tecnologias sociais a serem aplicados por outros profissionais?

sim

Descreva sobre o material/tecnologia social
Foi desenvolvido o material educativo : “ Como o educador pode inserir o tema Alimentação Saudável no currículo da Educação Infantil”.
3.8 Como a experiência foi avaliada e quais os resultados obtidos
A aceitabilidade das preparações elaboradas durante as oficinas culinárias, baseadas em alimentos vinculados às diversas ações realizadas não obtiveram 85% preconizado pelo FNDE na aplicação dos testes de aceitabilidade. Sendo assim, faz-se necessário realizar alguma inovação nas receitas para reaplicação do teste. É válido elencar o fator limitante referente ao número de pessoas entrevistadas, onde o recomendado seria de 100 pessoas ou mais e, aqui, o teste de aceitabilidade foi aplicado em apenas 22 pessoas. Entretanto, foi possível perceber que as atividades desenvolvidas foram significativas tanto para os alunos quanto para as educadoras e que ambos os grupos caminharam no sentido de criar mais autonomia e senso crítico em relação à alimentação. Além disso, é importante enfatizar que a educação é um processo e logo os resultados demandam o tempo certo de maturação e desenvolvimento. Os saberes e sabores cultivados durante os temas 1 e 2 da JEAN potencializarão o florescimento das ações para os próximos temas propostos no âmbito da JEAN.
3.9 Relevância: Na avaliação das/os responsáveis, essa experiência contribuiu para algum nível de mudança/melhoria da realidade alimentar e nutricional das pessoas envolvidas; e/ou gerou experiência/conhecimento que pode contribuir para a prática de EAN em outros momentos e realidades
Foi possível perceber que as atividades desenvolvidas foram significativas tanto para os alunos quanto para as educadoras e que ambos os grupos caminharam no sentido de criar mais autonomia e senso crítico em relação à alimentação. Além disso, os aprendizados adquiridos durante o desenvolvimento das ações potencializaram o planejamento das próximas ações, de forma contextualizada. As metodologias aplicadas são passíveis de serem aplicadas em outros cenários/ instituições, com as devidas adaptações.

4. RELATO RESUMIDO DA EXPERIÊNCIA

Relato resumido da experiência
Introdução: A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) configura-se como um dos pilares do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e enquanto campo teórico e prático, potencializa a promoção de sujeitos autônomos e críticos no que tange a alimentação e nutrição. A Jornada de Educação Alimentar e Nutricional (JEAN), promovida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), atua como impulsionador da qualificação e multiplicação das ações, além de garantir a visibilidade daquelas já realizadas pelo país. Cada edição, lançada anualmente, é composta por quatro temas pertinentes à alimentação escolar. Objetivo: construir caminhos possíveis para a inclusão da EAN nos processos de ensino aprendizagem de pré escolares bem como o envolvimento de diferentes atores sociais do PNAE na construção coletiva e contextualizada das ações. Métodos: Realizou-se um conjunto de ações de EAN como parte dos temas 1 e 2 da 4ª edição da JEAN, desenvolvida com uma turma de 22 pré escolares do Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) Professor Pedro Paulo Csizmar de Oliveira do município de Alfenas-MG durante os meses de março a junho de 2022. A construção do caminho metodológico foi realizada de maneira coletiva, a partir do diálogo entre a nutricionista Responsável Técnica do município, discentes do curso de nutrição da Universidade Federal de Alfenas que atuam como estagiários no setor de alimentação escolar, bem como a gestora e a equipe pedagógica do CEMEI. As ações foram pensadas de forma a envolver diferentes atores sociais no âmbito do PNAE para além da equipe de nutrição tais como professores, agricultores familiares, merendeiras e o Conselho de Alimentação Escolar (CAE). Outro eixo importante foi garantir a transversalidade com o currículo escolar, alinhando às atividades cotidianas dos estudantes e considerando os princípios para ações segundo o Marco de Referência de EAN para as políticas públicas. Foram desenvolvidas atividades que contemplaram um ciclo de diagnóstico, planejamento, execução e avaliação, divididas em 6 etapas em cada tema. O tema 1 incluiu ações relacionadas ao caminho que o alimento percorre do campo à escola. A etapa 1, diagnóstica, englobou roda de conversa embaixo do abacateiro da escola, que tem valor simbólico para as crianças e que dialoga com a sazonalidade, pois o abacate estava sendo oferecido nos cardápios na semana em questão. Foi um momento de averiguar o conhecimento dos alunos sobre o papel das nutricionistas, das merendeiras e também das agricultoras e agricultores no cuidado com os alimentos e como esses chegam até a escola. Além de conhecer um pouco sobre a aceitabilidade dos alimentos oferecidos. Para tanto, os alimentos in natura foram utilizados como ferramenta pedagógica. A etapa 2 foi uma reunião com os familiares, com a apresentação da jornada e socialização de um vídeo explicativo e diálogo sobre as possibilidades. Na etapa 3 foi utilizado o jogo “Caminho das frutas”, que tinha como objetivo trabalhar, de forma lúdica, a identificação de frutas e seus benefícios, bem como características que diferenciam uma fruta de outra tais como azeda ou doce; presença de semente ou não; se era cultivada no chão ou em árvores, dentre outras características. Após a atividade, as crianças degustaram amora diretamente no pé e laranja da merenda e ilustraram a atividade através de desenho livre. A etapa 4 foi constituída por uma visita à propriedade de agricultores familiares vinculados ao PNAE, por meio do qual os estudantes puderam degustar e conhecer mais sobre como esses alimentos são cultivados. A visita contou com o acompanhamento do CAE e de TV local. Já a etapa 4 culminou em uma oficina culinária, com a elaboração de Pão de mandioca e guacamole, além de suco de acerola com laranja, a partir da utilização de alimentos provenientes da agricultura familiar local e da horta comunitária do CEMEI, alimentos observados durante as demais atividades e atendendo as necessidades alimentares especiais dos estudantes e a participação da cozinheira do CEMEI. As etapas 5 e 6, avaliativas, incluíram a aplicação de teste de aceitabilidade com a utilização de urnas lúdicas em consonância com o Manual para Aplicação do Teste de Aceitabilidade do FNDE. Além disso, a professora e a ADH responsáveis pela turma levaram imagens para que os alunos pudessem realizar a identificação dos alimentos e suas características baseado nas atividades realizadas anteriormente. Foi proposta a elaboração de desenho livre sobre a jornada e a partir dos desenhos foi confeccionado um mural com todas as etapas do tema 1. O mural ficou exposto no pátio da CEMEI durante alguns dias e os alunos puderam explicar para outras turmas sobre suas vivências a partir de suas próprias percepções. O tema 2 da JEAN, por sua vez, foi direcionado no sentido de possibilitar que os professores incluíssem a alimentação e nutrição no processo de ensino aprendizagem de forma crítica e contextualizada. Na etapa 1, diagnóstica, foi realizada análise e atualização do Projeto Político Pedagógico (PPP), com a inclusão do tema EAN transversalmente e de forma integrada à realidade do CEMEI. A etapa 2 consistiu na realização da “Oficina: Professoras em Ação”. Foram utilizadas metodologias participativas, pensadas a partir da análise do PPP e tendo como referência o Caderno de atividades “Promoção da Alimentação Adequada e Saudável: Educação Infantil”, elaborado pelo Ministério da Saúde. Foi realizada uma mística de abertura com uma prática de Mindful Eating, utilizando a uva passa como ferramenta pedagógica e tendo no horizonte a necessidade de abordar o princípio de EAN da promoção do autocuidado e da autonomia. Nesse sentido, foi problematizado de forma lúdica a importância de criar a consciência crítica de comer e respirar com atenção plena, respeitando os sinais de fome e saciedade e os significados entorno da comida. A dinâmica 2 da oficina “Alimentos e seu processamento” teve por objetivo dialogar sobre o processamento dos alimentos, a partir dos conhecimentos prévios do grupo e problematizar a importância de utilizar o Guia Alimentar para a População Brasileira como Referência nas atividades educativas. Para tanto, foi utilizado como ferramenta pedagógica o milho (in natura, processado e ultraprocessado). Na dinâmica 3 “A Alimentação e os campos de experiência do PPP” foi entregue ao grupo 5 cartolinas com os 5 campos de experiência propostos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e contemplados do PPP. O grupo discutiu e elencou ideias de atividades (palavras-chave) relacionadas à alimentação, de forma contextualizada com a realidade alimentar dos alunos dentro e fora da escola. A discussão foi sistematizada através da construção de material educativo que foi entregue ao CEMEI para ser socializado com toda a comunidade escolar. A etapa 3 foi dedicada às professoras enquanto protagonistas. A partir do entendimento construído durante a oficina, as professoras montaram um plano de aula e aplicaram. A atividade consistiu em discutir sobre o processamento dos alimentos a partir da utilização da fruta in natura e o suco em pó e a preparação do suco de abacaxi com hortelã com as crianças, explorando vários campos de experiência, os números já estudados (0,1,2, 3 e 4) introdução do número 5, os sentidos e a letra A. A atividade foi finalizada com a elaboração de um gráfico para explorar a questão dos números. Na etapa 4 os alunos foram levados a uma visitação na agroindústria da Associação de Mulheres Agricultoras e Artesãs da Comunidade dos Bárbaras (AMACOORB), que produzem polpas, que são adquiridas para a alimentação escolar de Alfenas. As crianças puderam observar o pomar e entender, a partir do olhar das agricultoras, questões tais como a sazonalidade das frutas e observar de perto como as polpas são processadas e embaladas antes de chegarem à escola. Na etapa 5 foi realizada uma oficina culinária, tendo como protagonistas as professoras e as merendeiras. A receita escolhida por elas foi “Cookie de banana com aveia” e “Suco da polpa de frutas”, no intuito de relacionar as demandas da nova resolução do PNAE com os alimentos observados nas atividades anteriores e a realidade de oferta da alimentação escolar. A preparação foi composta apenas por ingredientes in natura e minimamente processados. A etapa 6, avaliativa, aconteceu entre as diversas ações e utilizando diferentes estratégias. Foi realizada roda de conversa com os alunos com o intuito de rememorar os saberes, experiências e os sentimentos vivenciados durante o tema 2 da JEAN. Para tanto, cada aluno compartilhou o que foi mais marcante para si. Houve também o diálogo com a equipe do CEMEI para discutir sobre a viabilidade de continuidade da articulação com a temática da alimentação e foi observado grande potencial pedagógico. Foi possível perceber, ainda, que as atividades desenvolvidas foram significativas tanto para os alunos quanto para as educadoras. Além disso, o teste de aceitabilidade foi aplicado após a realização da aula que contemplou a Oficina dos sucos e após a oficina culinária do Cookie de Banana com aveia. O novo PPP, bem como as atividades propostas serão utilizados como projeto piloto para aplicação nas demais escolas e para subsidiar o planejamento de um curso direcionado aos demais educadores de toda a rede municipal de ensino. Todas as ações foram divulgadas no Instagram® da alimentação escolar de Alfenas (@alimentacaoescolaralfenas). Resultados: A aceitabilidade das preparações elaboradas durante as oficinas culinárias, baseadas em alimentos vinculados às diversas ações realizadas não obtiveram 85% preconizado pelo FNDE na aplicação dos testes de aceitabilidade. Sendo assim, faz-se necessário realizar alguma inovação nas receitas para reaplicação do teste. É válido elencar o fator limitante referente ao número de pessoas entrevistadas, onde o recomendado seria de 100 pessoas ou mais e, aqui, o teste de aceitabilidade foi aplicado em apenas 22 pessoas. Entretanto, foi possível perceber que as atividades desenvolvidas foram significativas tanto para os alunos quanto para as educadoras e que ambos os grupos caminharam no sentido de criar mais autonomia e senso crítico em relação à alimentação. Além disso, é importante enfatizar que a educação é um processo e logo os resultados demandam o tempo certo de maturação e desenvolvimento. Os saberes e sabores cultivados durante os temas 1 e 2 da JEAN potencializarão o florescimento das ações para os próximos temas propostos no âmbito da JEAN. Conclusão: O processo de planejamento, execução e avaliação de ações de EAN quando realizado de uma perspectiva viva, acolhedora e amorosa e a partir do envolvimento de diversos atores sociais, cenários de prática e estratégias viabiliza a sustentação e continuidade das ações. Documento da experiência “Como o educador pode inserir o tema Alimentação Saudável no currículo da Educação Infantil”: https://drive.google.com/file/d/1lt2aFunVJnFuF4rrxtxrFKOdrruHD_pj/view?usp=sharing Referências: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de atividades: Promoção da Alimentação Adequada e Saudável : Educação Infantil / Ministério da Saúde, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 92. BRASIL. Resolução CD/FNDE nº 6, de 8 de maio de 2020. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 maio 2020. Seção 1, p. 38. Lei nº 13.666, de maio de 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.

5. DOCUMENTOS

5.1 Campo para inserção de arquivo de imagens que documentaram a experiência
Campo para inserção de arquivo de documentos produzidos relacionados à experiência

APSREDES

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SEN – Asa Norte, DF – 70312-970

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É considerado conflito de interesses:

Associação, afiliação ou link com atores do setor comercial, entidades de setores das indústrias de armas, tabaco, álcool, indústrias, empresas e organizações relacionadas a quaisquer outras organizações e/ou alianças e iniciativas concebidas, fundadas, financiadas, lideradas, controladas ou organizadas por essas indústrias e empresas, cujos:

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e/ou cujas

  • Práticas incluam: 1) Publicidade, promoção e outras estratégias mercadológicas que visem aumentar a demanda pelos referidos produtos e/ou promovam ou estimulem modos de comer não saudáveis, tais como comer excessivamente, comer sozinho, comer sem pensar, comer compulsivamente, comer rápido, ou modos de produzir alimentos pautados pelo uso de agrotóxicos e organismos geneticamente modificados, ou; 2) Lobby contra medidas legislativas, econômicas, jurídicas ou socioculturais que visem à redução da produção, abastecimento, disponibilidade ou demanda dos referidos produtos e/ou da exposição aos referidos modos não saudáveis de comer e produzir alimentos; e/ou cujas 3) Políticas, objetivos, princípios, visões, missões e/ou metas que incluam ou se relacionem com o aumento da produção, abastecimento, disponibilidade ou demanda dos referidos produtos e/ou com a expansão de oportunidades e promoção dos referidos modos não saudáveis de comer e produzir alimentos.

Alguns exemplos de experiências de Educação Alimentar e Nutricional que configuram conflito de interesses:

  • Ser financiado ou ter recebido qualquer tipo de apoio (técnico, infraestrutura, equipe, financeiro etc) por entidades e atores acima citados;
  • Utilizar material educativo e/ou publicitário de empresas privadas ou fundações/organizações a elas relacionadas que atuam direta ou indiretamente com o setor alimentício, farmacêutico, tabaco, bebidas alcoólicas;