O público alvo desta ação foram crianças do 1o ao 5o ano do Fundamental 1, que frequentam a Escola Municipal Monsenhor Antônio Sampaio, que está na área de adscrição da UBS Módulo 31, em Parnaíba – Piauí.
Desnutrição, uso de álcool e outras drogas, gestação na adolescência, ansiedade em crianças e adolescentes, autismo.
A ação é parte de um projeto de intervenção desenvolvido por acadêmicos de medicina do 6o período que estavam em atividade de preceptoria na UBS, na disciplina Integração Ensino-Serviço-Comunidade VI, da qual sou preceptora. Durante a preparação para o projeto, escolhemos trabalhar de forma lúdica e interativa os temas uso excessivo de telas, obesidade e promoção de alimentação saudável em crianças e adolescentes do Ensino Fundamental I.
INTRODUÇÃO: O estilo de vida contemporâneo tem sido marcado pelo uso constante de tecnologias digitais por crianças e adolescentes. O acesso facilitado a equipamentos eletrônicos aumentou o tempo de exposição às telas, gerando consequências negativas como sedentarismo, distúrbios alimentares, dificuldades de concentração e comprometimento do desenvolvimento cognitivo. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de medicina em uma ação de extensão voltada à promoção da alimentação saudável, prática de atividades físicas e redução do uso excessivo de telas. METODOLOGIA: Estudo qualitativo, descritivo e transversal, baseado na vivência de acadêmicos de Medicina em uma escola pública do litoral piauiense. RELATO DE EXPERIÊNCIA: A ação integrou a disciplina Integração Ensino-Serviço-Comunidade VI, aproximando os alunos da realidade da comunidade. Foram promovidas atividades educativas com foco na conscientização sobre alimentação equilibrada e exercícios físicos como elementos fundamentais para o desenvolvimento infantil e para a redução do tempo diante das telas. DISCUSSÃO: O uso excessivo de telas interfere na interação social, nas brincadeiras e no desenvolvimento cognitivo infantil, podendo causar alterações biológicas e afetar a qualidade de vida. CONCLUSÃO: A atividade fortaleceu o diálogo com a comunidade escolar, promovendo uma visão integral da saúde destacando a importância da intervenção precoce nos determinantes sociais da saúde ainda na infância.
Palavras-chave: Sedentarismo. Obesidade infantil. Exercício físico.
A ação demonstrou-se uma estratégia eficaz no âmbito da promoção da saúde e da educação em ambientes escolares, sobretudo no que tange à conscientização de crianças sobre os impactos negativos do sedentarismo, da alimentação inadequada e do uso excessivo de telas no desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. A partir da aplicação de metodologias ativas, baseadas em dinâmicas lúdicas e interativas, foi possível não apenas estimular o protagonismo infantil na construção do conhecimento, mas também promover reflexões significativas acerca de hábitos cotidianos muitas vezes naturalizados, porém prejudiciais à saúde.
A experiência possibilitou o fortalecimento do diálogo entre os acadêmicos de medicina e a comunidade escolar, promovendo uma vivência interdisciplinar que contribui tanto para a formação crítica e humanizada dos discentes de Medicina quanto para o empoderamento dos sujeitos envolvidos. As atividades desenvolvidas permitiram uma abordagem integral do processo saúde-doença, reforçando a interdependência entre corpo e mente e evidenciando a importância da intervenção precoce nos determinantes sociais da saúde ainda na infância.
Adicionalmente, observa-se que intervenções dessa natureza, quando bem estruturadas e baseadas em evidências científicas, constituem ferramentas de baixo custo e alta viabilidade para serem incorporadas às ações rotineiras da Atenção Primária à Saúde em articulação com o ambiente escolar. Diante disso, recomenda-se e sugere-se ampliação de projetos similares, de forma sistematizada, com o intuito de consolidar práticas educativas em saúde capazes de produzir impactos positivos e duradouros no estilo de vida de crianças e adolescentes, contribuindo de maneira efetiva para a construção de uma cultura de promoção da saúde.