Boas Práticas

Edital de Experiências 2024

UF: Amapá

Município: Mazagão

Instituição:

 

Resumo da Experiência:
Antes da adesão ao Programa Mais Médicos (PMM), Mazagão, no Amapá, enfrentava sérios desafios relacionados à malária, especialmente em gestantes, devido à falta de comunicação eficaz e rotinas inadequadas de diagnóstico pré-natal. Com o PMM, houve uma melhoria significativa na comunicação entre equipes de saúde, gestantes e familiares, resultando na implementação de estratégias de prevenção e testes de malária no pré-natal. As rodas de conversa e as carteiras de acompanhamento sem malária contribuíram para o aumento na realização de exames e para a melhoria da saúde materno-infantil na comunidade. 

UF: Maranhão

Município: Itapecuru-Mirim

Instituição:

 

 

 

Resumo da Experiência:
Antes da adesão ao Programa Mais Médicos (PMM), a comunidade quilombola de Santa Rosa enfrentava dificuldades de acesso à saúde, com atendimentos médicos esporádicos e alto índice de doenças crônicas, sem atenção específica à população negra. Com o PMM, houve melhorias no atendimento, que passou a ser diário, com foco em ações preventivas e promoção da saúde, incluindo visitas domiciliares. Isso resultou em redução do tempo de espera e maior frequência nos atendimentos, beneficiando a saúde da comunidade. Campanhas de conscientização e atendimento em locais acessíveis foram estratégias bem-sucedidas, apesar da falta de recursos para outras iniciativas.

UF: Sergipe

Município: São Cristóvão

Instituição:

 

Resumo da Experiência:
Antes da adesão ao Programa Mais Médicos (PMM), a comunidade rural de São Cristóvão, especialmente as marisqueiras, enfrentava condições precárias de trabalho e saúde, incluindo o uso de produtos tóxicos como querosene para afastar insetos. Com a adesão ao PMM, foram implementadas estratégias de cuidado integral, incluindo práticas integrativas de baixo custo, como aromaterapia e auriculoterapia. Isso resultou em melhorias no bem-estar das marisqueiras, redução do uso de medicamentos e fortalecimento da Atenção Primária à Saúde. A intervenção foi reconhecida como eficaz, mas enfrenta desafios de continuidade devido a mudanças na equipe e emergências de saúde pública.

UF: Santa Catarina

Município: Jaraguá do Sul

Instituição:

 

Resumo da Experiência:
Antes da adesão ao Programa Mais Médicos (PMM), Jaraguá do Sul enfrentava desafios relacionados à alta rotatividade de médicos, dificuldades na integração ensino-serviço-comunidade e limitações financeiras e de infraestrutura. Com a adesão ao PMM, o credenciamento do curso de medicina fortaleceu essa integração e incentivou a criação de novas UBS, residências médicas, e melhorias na infraestrutura de saúde. Isso resultou na fixação de médicos qualificados, ampliação da cobertura e horário de atendimento, e maior satisfação da comunidade. A implementação de estratégias como o Telessaúde e o fortalecimento do Coapes foi essencial para melhorar o acesso e a qualidade dos serviços. 

UF: Rio Grande do Norte

Município: Caicó

Instituição:

Resumo da Experiência:
A Escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte, foi criada em caráter de urgência e excepcionalidade, pelo Provimento no 022/14-R, de 25 de abril de 2014. A Escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte se localiza e atua nos campi da UFRN nas cidades de Caicó, onde fica sua sede administrativa, Currais Novos e Santa Cruz. As metodologias de ensino-aprendizagem são centradas no estudante, e o projeto do curso enfatiza o ensino baseado na comunidade e no sistema de saúde, aprendizagem baseada em problemas, ensino de habilidades clínicas e emprego de tecnologias de informação e comunicação. Trata-se de uma experiência exitosa de interiorização do curso de Medicina no Estado, e que gera frutos na comunidade da região do Seridó. 

Edital de Experiências 2025

UF: Ceará

Município/UF: Fortaleza

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza-CE

Eixo Temático: Integração Ensino-Serviço e Desenvolvimento da Formação em Saúde no Território

 

Resumo da Experiência:
O Apoio Matricial (AM) configura-se como uma metodologia inovadora na produção do cuidado em saúde, baseada na atuação conjunta entre equipes, com foco na corresponsabilização, na educação permanente e na integralidade da atenção. Embora seu potencial transformador seja reconhecido, sua aplicação na Atenção Primária à Saúde (APS) ainda é limitada e, quando presente, concentra-se majoritariamente na Saúde Mental. Considerando a hanseníase como uma doença infecciosa crônica que, quando não tratada oportunamente, pode gerar sequelas irreversíveis e graves repercussões psicossociais, o AM surge como estratégia potente para enfrentamento dessa condição. A complexidade clínica e social da hanseníase, somada à formação ainda insuficiente dos profissionais sobre o tema, justifica a necessidade de ações formativas específicas e contínuas. Em Fortaleza, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da UFC e a Fundação NHR Brasil, estruturou uma experiência exitosa de AM em hanseníase, iniciada por meio de projeto do Ministério da Saúde. A estratégia contemplou três principais frentes formativas presenciais implementadas em 2024: (1) oficinas com Agentes Comunitários de Saúde; (2) encontros com estudantes do internato em Medicina; e (3) ações de matriciamento com profissionais de saúde das Unidades de APS, enfatizando a integração ensino-serviço e construindo saberes para qualificar o cuidado na APS. Paralelamente, foi criado o primeiro ambulatório matricial em hanseníase no APS. Com funcionamento semanal, oferece diagnóstico clínico, manejo de reações hansênicas, avaliação de contatos, tratamento poliquimioterápico, administração de BCG, raspado dérmico e biópsias de pele. O ambulatório também atua como campo de prática para residentes de Medicina de Família e Comunidade e estudantes da UFC e Unifor, sendo espaço de ensino, assistência e de pesquisa translacional. A Fundação NHR Brasil apoiou tecnicamente o projeto, especialmente na metodologia de Segunda Opinião, integrada ao sistema Telessaúde, para discussão de casos clínicos entre especialistas e profissionais da APS. Essa ferramenta, operada pela médica matriciadora vinculada ao Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB), reforça o caráter contínuo da educação em serviço.

UF: Pernambuco

Município: Vitória de Santo Antão

Instituição: Secretaria de Saúde e Bem Estar de Vitória de Santo Antão-PE

Eixo Temático: Promoção da Equidade no Cuidado em Saúde para Populações Específicas

 

Resumo da Experiência:
Em Vitória de Santo Antão (PE), o projeto “UBS Parceira da Saúde LGBT+” foi implementado em 2024 com o apoio técnico, teórico e pedagógico de dois médicos do Programa Mais Médicos (PMM), que atuam nas UBS Lídia Queiroz e Alto José Leal. A iniciativa buscou promover um cuidado acolhedor e livre de preconceitos, fortalecendo a APS como espaço de cidadania e inclusão. A metodologia envolveu cinco workshops presenciais (totalizando 15h), com participação de 90 profissionais das equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e especialidades multiprofissionais. Os encontros sensibilizaram para a prática inclusiva e utilizaram casos reais, rodas de conversa, dinâmicas de sensibilização e metodologias ativas. Os médicos do PMM atuaram como facilitadores-chave, especialmente nos escritórios de harmonização e direitos humanos. A experiência foi impulsionada por denúncias de discriminação, invisibilidade nos cadastros e baixa adesão da população LGBT+ aos serviços. Contou com o importante interstício de lideranças da comunidade LGBT+, gerentes da Atenção Básica e da Ouvidoria Municipal, que colaboraram na escuta das demandas e proposição dos conteúdos. Também envolveu articulações com a OAB para enfrentamento da discriminação e LGBTfobia. Considerando que o processo é de médio e longo prazo, os médicos matriciadores do PMM assumiram o compromisso de manter formação contínua com profissionais do PMM, especialmente de outros municípios, para fortalecer o cuidado com essas populações vulneráveis. A iniciativa “UBS Parceira da Saúde LGBT+” demonstra como o PMM pode atuar na construção de práticas inclusivas e inovadoras na APS. A articulação entre academia, gestores e PMM, vinculando território e competência cultural fortaleceu essa experiência de transformação social e prática profissional. Iniciativas como essa reafirmam o papel da APS como instrumento de cidadania, com potência para inspirar políticas públicas e fortalecer a APS como porta de entrada e espaço de acolhimento à diversidade.

UF: Bahia

Município: Senhor do Bonfim

Instituição: Unidade de Saúde da Família Quilombola Alto da Maravilha

Eixo Temático: Integralidade e Ampliação do Escopo de Ações na APS

 

Resumo da Experiência:
A Campanha Lava-Pés: cuidados com os pés diabéticos foi lançada pelo Ministério da Saúde com objetivo de incentivar a promoção da saúde e educação popular em saúde para incentivar as pessoas com Diabetes a manterem o autocuidado com os pés, para prevenir complicações. Diante dessa proposta a Unidade de Saúde da Família Clodoaldo Pinto do Alto da Maravilha se motivou a executar a campanha aliando o cuidado assistencial tradicional com as práticas integrativas e complementares, em especial as plantas medicinais, valorizando assim o resgate aos saberes tradicionais comunitários. O espaço foi planejado pela equipe de saúde da família em parceria com os estagiários de enfermagem da Universidade Estadual da Bahia. Houve treinamento prévio dos profissionais de saúde e estagiárias de enfermagem para avaliação dos pés das pessoas com Diabetes e reunião para planejamento do espaço, onde surgiu a ideia de aliar os saberes tradicionais à ação a ser desenvolvida. A equipe produziu pomada hidratante de Alecrim de Vaqueiro, que tem ação antifúngica e de sabonete de Aroeira, com propriedades cicatrizantes, plantas muito utilizadas na comunidade, para serem distribuídos aos participantes. A ação foi planejada para contar com insumos já disponíveis no SUS, não tendo assim impacto financeiro significativo: os impressos foram feitos na Unidade de Saúde, os produtos fitoterápicos elaborados com plantas disponíveis na comunidade e materiais disponíveis na equipe, como a Vaselina. A experiência foi executada a partir de uma roda de conversa dinâmica com distribuição de cartas com imagens de estratégias de cuidados com os pés para cada participante falar sobre as imagens recebidas, que sugeriam orientações importantes, como: evitar manter os pés úmidos, o modo correto de cortar as unhas, a escolha de calçados adequados, a atenção à umidade ou ao ressecamento da pele, além de cuidados com calos, ferimentos, unhas encravadas, limpeza e higiene adequadas. Também foi um momento oportuno para esclarecer alguns mitos populares, como o uso do pé de café, açúcar, pasta de dente e outros produtos caseiros em ferimentos, práticas que podem agravar o quadro clínico. Houve também apresentação de cordel que falava sobre os cuidados com o pé diabético e demonstração da ação de um óleo betum: realização da avaliação dos pés pelos estagiários de saúde e estagiárias durante um lava-pés com chá de Alecrim de Vaqueiro e entrega da pomada hidratante. A experiência realizada na Unidade de Saúde Clodoaldo Pinto foi um momento também foi relevante oportunidade para garantir o cuidado integral da pessoa com diabetes e renovar o pacto de responsabilidades e cuidado entre equipe de saúde e comunidade. A ação se tornou perceptível que as pessoas compreenderam a importância do autocuidado com a saúde dos pés, visando prevenir agravos e complicações. “Foi muito bom esse momento para nós diabéticos, porque às vezes não damos a devida importância aos nossos pés. A partir de agora vou cuidar mais deles”, disse uma das participantes.

UF: Pará

Município: Chaves

Instituição: Unidade Básica de Saúde do Arapixi – ESF Ribeirinha

Eixo Temático: Promoção da Equidade no Cuidado em Saúde para Populações Específicas

 

Resumo da Experiência:
Implementamos soluções para tornar possível a atuação da Telemedicina UFPA em nossa comunidade. Primeiramente, incluímos o acesso à internet via satélite, com boa qualidade, para possibilitar o uso das plataformas digitais. Além disso, instalamos um sistema solar off-grid, capaz de suprir toda a demanda energética da unidade. Com isso, conseguimos implementar as seguintes inovações: Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC); Tele-eletrocardiograma, com laudo emitido em até 72 horas; Teledermatologia, com envio de imagens e discussão de casos; Telemedicina em Cardiologia, realizada por chamada de vídeo, com a presença e acompanhamento do médico de família da unidade. Com essas implementações, foi possível reduzir significativamente o número de viagens e aumentar a resolutividade da unidade de saúde. Além disso, o uso do PEC garante a segurança e o registro adequado dos atendimentos, mesmo em uma área remota.

UF: Maranhão

Município: Raposa

Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Raposa

Eixo Temático: Integralidade e Ampliação do Escopo de Ações na APS

 

Resumo da Experiência:
Implementamos soluções para tornar possível a atuação da Telemedicina UFPA em nossa comunidade. Primeiramente, incluímos o acesso à internet via satélite, com boa qualidade, para possibilitar o uso das plataformas digitais. Além disso, instalamos um sistema solar off-grid, capaz de suprir toda a demanda energética da unidade. Com isso, conseguimos implementar as seguintes inovações: Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC); Tele-eletrocardiograma, com laudo emitido em até 72 horas; Teledermatologia, com envio de imagens e discussão de casos; Telemedicina em Cardiologia, realizada por chamada de vídeo, com a presença e acompanhamento do médico de família da unidade. Com essas implementações, foi possível reduzir significativamente o número de viagens e aumentar a resolutividade da unidade de saúde. Além disso, o uso do PEC garante a segurança e o registro adequado dos atendimentos, mesmo em uma área remota.