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ANS defende mudança no modelo assistencial ao idoso na saúde suplementar

“Em 2030, 19% da população brasileira será de idosos, pessoas com múltiplas patologias que frequentam vários especialistas, e a saúde suplementar precisa mudar a forma de cuidado com esse beneficiário, por meio da adoção de um modelo voltado para o cuidado integral e promoção da saúde”. O alerta foi dado pela gerente-geral de Regulação Assistencial da ANS, Martha Oliveira, na mesa de encerramento do Seminário Internacional “Inovações Assistenciais para a Sustentabilidade da Saúde Suplementar”, realizado nesta quarta-feira (04/10), no Rio de Janeiro.

“Sabemos que a terceira causa de morte em idosos é a iatrogenia. Há uma alta produtividade em consultas, excessos de procedimentos realizados na saúde suplementar, porém com uma resolutividade muito baixa. Isso nos impõe o desafio de organizar as ações assistenciais de forma a prestar um cuidado integral, com a reorganização dos processos de trabalho em rede”, defendeu Martha Oliveira. Para subsidiar a mudança no modelo de assistência ao idoso na saúde suplementar, a gerente da ANS apresentou o Plano de Cuidado do Idoso.

A publicação recomenda a avaliação do beneficiário desde sua entrada no sistema, com a estratificação realizada a partir de seu risco e estado funcional e a definição da melhor linha de cuidado como o caminho a ser percorrido.

O professor Renato Veras, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, defendeu a avaliação da capacidade funcional do idoso como ferramenta imprescindível para o diagnóstico do beneficiário, um procedimento pouco adotado pelos planos de saúde.

Também participaram da mesa a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Linamara Rizzo Battistella e o diretor da operadora Prevent Senior, Fernando Fagundes Parrillo.

Faça aqui o download da publicação Plano de Cuidado do Idoso.

Vanessa Borges

Portal da Inovação em Saúde

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