Acesso na APS: Experiência de integração de acesso programático com acesso avançando (acesso misto) para garantia de reposta as demandas da população de uma USF em Ilhéus, BA

Ilhéus/BA

Iniciei no PMMB há dois anos. Estou em uma USF em Ilhéus, BA, que compreende três equipes de Estratégia de Saúde da Família (eSF), as quais operavam predominantemente com agenda programática. O acolhimento à demanda espontânea era errático, sem vagas ou fluxos claros. As agendas eram abertas a cada 3 semanas, com fila de agendamento imensas, vagas cessando rapidamente e alto índice de insatisfação, com relatos frequentes de barreiras de acesso. Ao implementar o acesso misto, com consultas por hora marcada e acolhimento de demanda espontânea) notamos redução significativa das filas de agendamento, e eventualmente sobra de vagas, com possibilidade de agendamentos espontaneos durante a semana, tanto para consulta do dia quanto para marcações programáticas.
A organização da agenda mista teve três frontes principais:
1. Educação continuada da minha eSF e de toda equipe da USF com estabelecimento conjunto de fluxos de acolhimento das demandas espontâneas
– Discussões sobre Demanda Espontânea (Caderno da Atenção Básica) nas reuniões de equipe e reuniôes gerais da USF
– Apresentação sobre o papel de cada funcionário da ESF no acolhimento: criação de fluxo local inspirado na sugestâo do Caderno de Atenção Básica
– Reforço dos fluxos gerais em reuniôes e com funcionários específicos, empoderando cada profissional de saúde a engajar de forma humanizada com as necessidades da população
– Criando vagas específicas, diárias, para demanda espontânea no período da manhâ e tarde
– Construindo uma persepção coletiva sobre a necessidade de dinamismo na agenda e gestâo da agenda

2. Avaliação dinâmica das necessidades da população do nosso território p/ definição da quantidade de vagas necessárias para cada grupo programático
– Ouvindo as idéias dos ACS sobre necessidades da populçaão
– Checando semanalmente as vagas remanecentes na agenda para identificar areas de menor/maior necessidade
– Abrindo espaçoes para engajamento direto dos ACS com a agenda

3. Conversas com a população e eSF sobre a agenda mista, com acolhimento de feedbacks positivos e negativos
– Checagem oportuna de percepções da população sobre a agenda e acesso
– questionário qualitativo realizado com a população e eSF sobre esse processo e sobre a agenda atual

Características da População:
Toda população do Território nde abrangência da USF Nossa Senhora da Vitória = 2318 usuários cadastrados 1049 Domicilios (350 sem água tratada, 23 com lixo a céu aberto,33 sem acesso a energia elétrica) Classes D e E População em geral preta, parda e indígena (Tupinambá de Olivença), em Idade jovem Insegurança Alimentar Trabalhadores informais
Estimativa Nº Pessoas Atendidas:
Atendimentos médicos: 300/mês
Principais Desafios de Saúde:
Insegurança alimentar Alto indíce de analfabetismo Alta vulnerabilidade social (classes D/E) Residências em área de risco – baixo indíce de saneamento básico Somados a barreiras de acesso a exames (baixa oferta p/ demanda) e medicações do SUS (falta cronica de medicamentos básicos com insulina e losartana) = alto indíce de hipertensos e diabéticos não controlados e com comlicações e internações sensiveis `a APS (ICSAP)
Objetivos Principais:
1. Inspirar reflexões e organizações da agenda médica que foquem na redução das barreiras de acesso à saúde e acolhimento das necessidades da população 2. Compartilhar o processo de organização da agenda integrada: educação continuada da ESF, da recepção e da população 3. Compartilhar as potências e desafios desse processo, entendendo a gestão da agenda como um processo dinâmico que demanda a compreensâo do território e engajamento ativo de toda ESF.
Resumo da Experiência:
Iniciei no PMMB há dois anos. Estou em uma USF em Ilhéus, BA, que compreende três equipes de Estratégia de Saúde da Família (eSF), as quais operavam predominantemente com agenda programática. O acolhimento à demanda espontânea era errático, sem vagas ou fluxos claros. As agendas eram abertas a cada 3 semanas, com fila de agendamento imensas, vagas cessando rapidamente e alto índice de insatisfação, com relatos frequentes de barreiras de acesso. Ao implementar o acesso misto, com consultas por hora marcada e acolhimento de demanda espontânea) notamos redução significativa das filas de agendamento, e eventualmente sobra de vagas, com possibilidade de agendamentos espontaneos durante a semana, tanto para consulta do dia quanto para marcações programáticas. A organização da agenda mista teve três frontes principais: 1. Educação continuada da minha eSF e de toda equipe da USF com estabelecimento conjunto de fluxos de acolhimento das demandas espontâneas – Discussões sobre Demanda Espontânea (Caderno da Atenção Básica) nas reuniões de equipe e reuniôes gerais da USF – Apresentação sobre o papel de cada funcionário da ESF no acolhimento: criação de fluxo local inspirado na sugestâo do Caderno de Atenção Básica – Reforço dos fluxos gerais em reuniôes e com funcionários específicos, empoderando cada profissional de saúde a engajar de forma humanizada com as necessidades da população – Criando vagas específicas, diárias, para demanda espontânea no período da manhâ e tarde – Construindo uma persepção coletiva sobre a necessidade de dinamismo na agenda e gestâo da agenda 2. Avaliação dinâmica das necessidades da população do nosso território p/ definição da quantidade de vagas necessárias para cada grupo programático – Ouvindo as idéias dos ACS sobre necessidades da populçaão – Checando semanalmente as vagas remanecentes na agenda para identificar areas de menor/maior necessidade – Abrindo espaçoes para engajamento direto dos ACS com a agenda 3. Conversas com a população e eSF sobre a agenda mista, com acolhimento de feedbacks positivos e negativos – Checagem oportuna de percepções da população sobre a agenda e acesso – questionário qualitativo realizado com a população e eSF sobre esse processo e sobre a agenda atual
Resultados:
Menores filas de agendamento de consultas Menores tempo de espera no dia da consulta Maior facilidade para agendamentos de demanda espontanea atraves dos ACS Aumento de busca por atendimento para demanda espontanea (reduzindo a pressão assistencial nas UPAS e contribuindo para possivel redução de internações por condições sensíveis `a APS) Estreitamento da relação médico-paciente (mais confiança) Maior possibilidade de coordenação de cuidado e longitudinalidade Fluxos de acolhimento melhor estabelecidos, com base em evidência Melhor funcionamento da USF como todo
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