O PRMFC foi implantado no ano de 2025, em decisão unilateral da gestão sem comunicação e preparo prévio da equipe, garantindo a alocação de três médicos para atuar em cada equipe (uma médica de família e comunidade, preceptora do programa, e dois residentes) com a proposta de desenvolver ações assistenciais e de ensino em serviço. Durante o espaço reservado para apresentação do programa, realizado por preceptores, foi ressaltado que ele representava apenas uma aproximação com a equipe e que os novos profissionais se comprometeriam a estar próximos da equipe para prestar assistência e construir o processo de cuidado ao território através do diálogo horizontal, com valorização de práticas centradas no trabalho vivo, que envolvem protocolos, afetações e subjetividade. A vivências do processo de trabalho prévio e o curto período de apresentação do PRMFC repercutiram em desafios marcados por questionamentos e elevada pressão assistencial. Como preceptora e membro da equipe, me comprometo a me aproximar da equipe e da comunidade para encontrar estratégias para superar as dificuldades apresentadas, desenvolver atividades formativas e assistenciais que contribuam para aprimorar a qualidade do serviço ofertado e para formar médicos de família críticos, reflexivos, mediadores de conflitos e modificadores de realidades, sobre a ótica de que eles são membros das equipes que fazem parte e que suas ações não surtirão efeitos se o local de atuação dos mesmos for restrito ao consultório médico. Diante do cenário apresentado, como produto técnico, pretende-se construir uma agenda de atividades de formação para as equipes que irão receber residentes em seus serviços nos próximos anos, para ser desenvolvidas pelos preceptores do PRMFC com apoio da gestão municipal.